(1) Entidade geográfica mencionada
Guzarates. Guzarate 37(1), 57(1).
Nas orações: 440, 694.
- [440](Cap. 37) A isto responderão os seus, que aquelle junco grande que diziamos era de hum Mouro Guzarate por nome Coja Acem, que aquella menham sayra do rio, & que hia carregado de Brasil para a ilha de Ainaõ.
- [694](Cap. 57) E vendoos daquella maneyra lhes perguntou pela causa de sua desauentura, & elles lha contaraõ com mostras de muyto sentimento, dizendo, que auia dezassete dias que tinhaõ partido de Liãpoo para Malaca, com proposito de passarem á India, se lhe a monção não faltasse, & que sendo tanto auante como o ilheo de Çumbor os comerera hum ladraõ Guzarate, por nome Coja Acẽ, com tres juncos & quatro lanteaas, nas quais sete embarcaçoẽs trazia quinhentos homẽs, de que os cento & cinquenta eraõ Mouros Lusoẽs, & Borneos, & Iaos, & Champaas, tudo gente da outra costa do Malayo, & pelejando com elles desde a hũa hora atè as quatro despois do meyo dia, os tomara com morte de oitenta & duas pessoas, em que entraraõ dezoito Portugueses, a fora quasi outras tãtas que leuara catiuas, & que no junco lhes tomara de emprego seu & de partes mais de cem mil taeis.
Guzarates 16(1), 26(1), 27(1), 146(2), 149(1).
Nas orações: 172, 307, 318, 2042, 2044, 2111.
- [172](Cap. 16) Caminhando este Rey Bata por suas jornadas ordinarias de cinco legoas por dia, chegou a hum rio que se dizia Quilem, onde por algũas espias do Achem que ahy se tomaraõ soube que o Rey o esperaua em Tõdacur, duas legoas da cidade, para ahy se ver no campo com elle, & que tinha muyta gente forasteyra, em que entrauão algũs Turcos & Guzarates, & Malauares da costa da India.
- [307](Cap. 26) Este conselho pareceo taõ bõ a el Rey, que aprouandoo pelo milhor & mais acertado, mãdou aperceber hũa frota de cento & sessenta vellas, de que a mayor parte eraõ lãcharas, & galeotas de remo, cõ algũs calaluzes da Iaoa, & quinze nauios dalto bordo, cõ mãtimentos & moniçoẽs, & nestas embarcaçoẽs meteo dezassete mil homẽs, os doze mil de peleja, & os mais, gastadores & chuzma: & nos de peleja entrauão quatro mil estrangeiros, Turcos, Abexins, Malauares, Guzarates, & Lusoẽs da ilha Borneo, & por general do campo hia hum Heredim Mafamede, cunhado do mesmo Rey, casado com hũa sua irmam, & Gouernador do reyno de Baarrós.
- [318](Cap. 27) Mas como estes eraõ poucos, & os inimigos muytos, & milhor armados, no derradeyro assalto, que foy dado aos treze dias da Lũa, se acabou tudo de consumir, porque saindo el Rey fora da cidade por conselho de hum seu caciz de que muyto se fiaua, o qual por peita de hum bar douro, que valia quarenta mil cruzados, que os inimigos lhe deraõ, o moueo a isso, arremeteo aos inimigos, & trauou com elles hũa aspera briga, na qual andãdo com milhoria muyto conhecida, o perro do caciz, que ficaua por Capitão na tranqueira, fingindo querello yr ajudar a continuar aquelle bõ principio, sahio fora cõ obra de quinhentos homẽs que tinha comsigo, o que vendo hum Capitão dos inimigos Mouro Malauar, por nome Cutiale Marcaa, o qual tinha em sua companhia seiscentos Mouros Guzarates & Malauares, arremetendo às portas, que o caciz não quiz defender pela peita que tinha tomada, foy logo senhor da tranqueira sem nenhũa resistencia, & matou quantos doentes & feridos achou nella, que segundo se disse, passaraõ de mil & quinhentos, sem a nenhum dar a vida.
- [2042](Cap. 146) E estando assi vacilando em differentes pareceres, apparecerão todas as dez vellas juntas, & nas costas dellas cinco naos grossas de Guzarates, cujos senhorios tinhão dado ao Heredim Mafamede trinta mil cruzados pelos segurar dos nossos.
- [2044](Cap. 146) As cinco naos dos Guzarates se fizeraõ na volta do mar, & as dez vellas de remo se foraõ direytas à ilha, onde chegarão quasi às Aue Marias, & o Turco mandou logo espiar o porto onde tinha por nouas que os nossos estauão, & se veyo a remo por na boca da angra, por lhe ficar assi a presa mais segura, & com tençaõ de tanto que fosse menham tomar todos os nossos âs mãos, & atados com cordas, como elle dezia, os apresẽtar ao Sornau de Sião, porque isso era o porque lhe tinha prometido o estado de Banchaa, como atras fica dito.
- [2111](Cap. 149) E querendo este Rey Bramaa por grandeza de estado festejar esta entrega do Chaubainhaa, mandou que todos os capitaẽs estrangeyros com sua gente armada & vestida de festa se pusessem em duas fileyras a modo de rua para vir por ella o Chaubainhaa, o que logo foy feito, & esta rua tomaua desda porta da cidade até a sua tenda que seria distancia de dous terços de legoa, na qual rua estauão trinta & seys mil estrangeyros, de quarenta & duas naçoẽs, em que auia Portugueses, Gregos, Venezeanos, Turcos, Ianiçaros, Iudeus, Armenios, Tartaros, Mogores, Abexins, Raizbutos, Nobins, Coraçones, Persas, Tuparaas, Gizares, Tanocos da Arabia Felix, Malauares, Iaos, Achẽs, Moẽs, Siames, Lusoẽs da ilha Borneo, Chacomaas, Arracoẽs, Predins, Papuaas, Selebres, Mindanaos, Pegùs, Bramâs, Chaloẽs, Iaquesaloẽs, Sauadis, Tãgus, Calaminhãs, Chaleus, Andamoens, Bengalas, Guzarates, Andraguirees, Menancabos, & outros muytos mais a que não soube os nomes.
(2) Objecto geográfico interpretado
Nação. Parte de: India.
Referente contemporâneo: State of Gujarāt, India (AS). Lat. 23.000000, long. 71.750000.
Reino, gentílico. DHDP. GT Actual Gujarat. Situado em 22º30’N, 72ºE.