(1) Entidade geográfica mencionada
Angunee. Angunee 202(1).
Nas orações: 3058.
- [3058](Cap. 202) Acabada esta reuolta cõ tanto custo de todas as partes, como a terra ficou toda assolada, & os mercadores eraõ todos fugidos, & el Rey estaua com determinação de se sayr da cidade, nós os poucos Portugueses que ainda ahy estauamos (porque como o tẽpo nos deu lugar nos tornamos a surgir no porto da cidade) desconfiados de podermos ahy estar seguros, & de termos quem nos comprasse nossas fazendas, nos fizemos á vella, & nos passamos a outro porto daly nouẽta legoas, que se chamaua Hiamãgoo, na bahia de Canguexumaa, onde estiuemos dous meses & meyo sem podermos vender cousa nenhũa, porque toda a terra estaua taõ cheya de mercadarias da China, que se perdia do proprio mais das duas partes, porque não auia porto, nem enseada, nẽ angra em toda esta ilha de Iapaõ, onde não estiuessem surtos trinta quarenta juncos, & em algũas partes mais de cento, como foy em Minatoo, Tanoraa, Fiunguaa, Facataa, Angunee, Vbra, & Canguexumaa, de maneyra que naquelle anno foraõ da China a Iapaõ de veniaga passante de duas mil embarcaçoẽs, & era a fazenda tãta & tão barata, que o pico de seda que naquelle tempo se compraua na China por cem taeis, se vendia em Iapaõ por vinte & cinco, vinte & oito, & o mais a trinta, & ainda com muyta aderencia, & todas as mais sortes de fazendas tinhaõ nos seus preços esta mesma baixa, pelo qual ficamos de todo perdidos sem nos sabermos determinar o que fizessemos de nós.
(2) Objecto geográfico interpretado
Porto. Parte de: Iapaõ.
Referente contemporâneo: Akune, Japan (AS). Lat. 32.016670, long. 130.200000.
Porto. Jurgas Elisonas (FMPP 3, 261): Akune em Kagoshima. 32º 01’ N, 130º 11’ W.