(1) Entidade geográfica mencionada
Laue. Laue 35(1), 36(1), 39(1).
Nas orações: 399, 415, 465.
- [399](Cap. 35) Tomè Lobo se deu tanta pressa em vender a fazenda, como quem se temia do que lhe tinhão certificado, & fez tão bõ barato della, que em menos de oito dias as casas estauão despejadas de toda a roupa, & não querendo tomar pimenta, nem crauo, nem outra droga nenhũa que pudesse fazer pejo, a trocou somente por ouro de Menancabo, & por diamantes que ahy tinhão vindo nos jurupangos de Laue, & de Tanjampura, & por algũas perolas de Borneo & Solor.
- [415](Cap. 36) Este Antonio de Faria trazia hũs dez ou doze mil cruzados em roupas da India que em Malaca lhe emprestaraõ, as quais eraõ de tão mà digestaõ naquella terra, que não auia pessoa que lhe prometesse nada por ellas, pelo que vendose elle de todo desesperado de as poder gastar, determinou de inuernar aly até lhe buscar espediente por qualquer via que fosse possiuel; & foy acõselhado por algũs homẽs mais antiguos na terra que a mandasse a Lugor, que era hũa cidade do reyno Sião mais abaixo para o norte cem legoas, por ser porto rico, & de grande escala, em que auia grande soma de jũcos da ilha da Iaoa, dos portos de Laue, Tanjampura, Iapara, Demaa, Panaruca, Sidayo, Passaruaõ, Solor, & Borneo, que a troco de pedraria & ouro costumauão a comprar bem aquellas fazendas.
- [465](Cap. 39) E que tambem em outra daquellas pouoaçoẽs por nome Buaquirim auia ũa pedreyra de que se tirauão muytos diamantes naifes, de roca velha, de muyto mòr preço que os de Laue, & de Tanjampura na ilha de Iaoa.
(2) Objecto geográfico interpretado
Porto. Parte de: Iaoa.
Porto. FMP usa o termo Laue no cap. 31 para se referir a um rio do reino de Aaru (na Samatra) entendemos que é um topónimo distinto. No resto de ocorrências refere-se a uma entidade geográfica em Bornéu. Thomaz (2002: 541) cita GT e explica a localização: 1º 14′ S, 109º 55′ E.