(1) Entidade geográfica mencionada
Muchiparom. Muxiparaõ 109(1).
Nas orações: 1445.
- [1445](Cap. 109) A segunda cousa destas de que só determino dar relação, he outra cerca que vimos quasi tamanha como esta, cercada em roda de muros muyto fortes com suas cauas, que se chama Muxiparaõ, que quer dizer, tisouro dos mortos, com muytas torres de cantaria laurada, & em todas curucheos de diuersas pinturas, o qual muro em todo cima no lugar das ameyas era fechado todo em roda com grades de ferro, & encostados a ellas grande quantidade de idolos de differentes figuras, de homẽs, de serpentes, de cauallos, de bois, de elifantes, de peixes, de cobras, & de outras muytas feiçoẽs monstruosas de bichos & alimarias nunca vistas em nenhũa parte, & todos estes de bronzo & de ferro coado, & algũs delles de estanho & de cobre, a qual maquina vista assi toda por junto no modo & postura em que está era muyto mais notauel & apraziuel para ver do que ninguẽ pode imaginar.
Muchiparom 109(1).
Nas orações: 1460.
- [1460](Cap. 109) Este idolo era o da inuocaçaõ de todo este edificio, & se chamaua Muchiparom, o qual dezião os Chins que era tisoureyro de todos os ossos dos mortos, & que vindo aquella serpe que tinhamos visto para os roubar, elle lhe tiraua com aquelle pilouro que tinha nas maõs, por onde ella logo com medo fugia para a concaua funda da casa do fumo, onde Deos a tinha lançado por ser muyto mà.
(2) Objecto geográfico interpretado
Edifício. Parte de: Pequim.