(1) Entidade geográfica mencionada
Poutel. Poutel 190(1).
Nas orações: 2849.
- [2849](Cap. 190) E tendo por nouas que el Rey estaua então aposentado nas casas de hum pagode, deraõ nellas com muito impeto, em que a fortuna os fauoreceo de tal maneira que o acharão occupado em hũa necessaria, onde o matarão logo muito a seu saluo, & se vierão retirando todos juntos para hum terreyro que estaua fora, no qual, por que jâ a este tempo auia aluoroço na gente da guarda, & a traição era sentida dos que vigiauão, tiuerão hũa grãde briga por espaço de quasi meya hora, em que morreraõ de ambas as partes oitocentos homẽs, de que a mayor parte foraõ Bramaas; & retirandose o Xemim de Çatão cõ obra de quatrocentos dos seus, se foy marchando para hum lugar grande que se dezia Poutel, onde logo se veyo para elle toda a gente daquella comarca, a qual sabendo da morte do Rey Bramaa, a quem todos tinhão grandissimo odio, formou hũ grosso corpo de cinco mil homẽs, & se sahio em busca de tres mil Bramaas que o Rey aly trouxera comsigo, os quais jà a este tempo andauão espalhados por muitas partes, como pasmados & fora de si, pelo qual facilmente foraõ todos mortos naquelle mesmo dia, sem a nenhum se dar a vida, entre os quais foraõ tambem mortos oitenta Portugueses de trezentos que Diogo Soarez aly tinha comsigo, o qual cõ os mais que ficaraõ viuos se entregaraõ a partido por não terem outro remedio, & se lhes outorgou a vida com condiçaõ & juramento que lhe derão, que daly por diante seruiriaõ lealmente o Xemim de Çatão como a seu proprio Rey.
(2) Objecto geográfico interpretado
Povoação (lugar). Parte de: Çatão.