(1) Entidade geográfica mencionada
Banta. Banta 172(2), 173(1), 179(2).
Nas orações: 2580, 2591, 2593, 2664, 2665.
- [2580](Cap. 172) E partindo daquy para a Çunda, em dezassete dias cheguey ao porto de Banta, que he onde comummente os Portugueses fazem sua fazenda.
- [2591](Cap. 172) A Nhay Pombaya que trouxe o recado ao Rey da Çunda que eu atras disse, despois que negoceou com elle o a que vinha, se partio logo desta cidade de Banta, & el Rey se fez prestes com muyta breuidade, & se partio com hũa armada de trinta calaluzes, & dez jurupangos, bem apercebida de mantimentos & muniçoẽs, nas quais quarenta vellas hião sete mil homẽs de peleja, a fora a chuzma do remo, & hião nesta companhia quarenta Portugueses dos quarenta & seis que então ahy nos achamos, porque por isso nos fez muytas ventagẽs em nossas fazẽdas, & confessou publicamente que leuaua gosto disso, por onde não ouue razão com que nos pudessemos escusar.
- [2593](Cap. 173) Partido este Rey da Çunda deste porto de Banta a cinco dias do més de Ianeyro do anno de 1546. chegou aos dezanoue à cidade de Iapara, onde o Rey de Demaa Emperador desta ilha Iaoa então se estaua fazendo prestes com hum exercito de oitocentos mil homẽs, o qual sabendo da vinda deste Rey da Çunda, que era seu cunhado & seu vassallo, o mandou receber á embarcação por el Rey de Panaruca Almirante da frota, o qual leuou comsigo cento & sessenta calaluzes de remo, & nouenta lancharas de Lusoẽs da ilha Borneo, & com toda esta companhia o trouxe onde el Rey estaua, do qual foy muyto bem recebido, & com honras muyto auãtajadas de todos os outros.
- [2664](Cap. 179) E como então toda a terra andaua reuolta sem auer quietação em cousa nenhũa, pedimos licença ao Rey da Çunda para nos irmos para o porto de Banta onde estaua o nosso junco, pois a moução da China era ja chegada, & era tempo de fazermos nossa viagem, á qual nos elle deu muyto leuemente, & nos fez quita dos direitos de nossas fazendas, & nos deu cem cruzados a cada hũ, & aos quatorze que morreraõ na guerra, deu a cada hum trezentos para seus herdeyros, que nos tiuemos então por esmolla honrosa & de principe bem inclinado, & largo de condição, & de que todos ficamos muyto contentes.
- [2665](Cap. 179) Com isto nos fomos logo ao porto de Banta, onde nos detiuemos doze dias acabando de nos auiar para fazermos nossa viagem, & nos partimos para a China em cõpanhia de outros quatro nauios que para la hiaõ, & leuamos com nosco o Ioaõ Rodriguez, que era o Portuguez Gentio de que atras fiz menção que achamos em Passaruão, o qual era Bramene de hum pagode por nome Quiay Nacorel, & elle se chamaua Guaxitau facalem, que quer dizer, conselho de santo.
(2) Objecto geográfico interpretado
Cidade (porto). Parte de: Çunda.
Referente contemporâneo: Banten, Indonesia (AS). Lat. -6.500000, long. 106.250000.
Cidade, porto. GT s.v. Bantão. 6º 02’ S, 106º 09 E.