(1) Entidade geográfica mencionada
Satilgão. Satilgão 4(1).
Nas orações: 41.
- [41](Cap. 4) E aquelle mesmo dia fomos dormir a hum Mosteyro de officinas nobres & ricas que se dizia Satilgão, & como ao outro dia foy menham, caminhamos ao longo de hum rio mais cinco legoas, até hum lugar que se chamaua Bitonto, no qual nos agasalhamos aquella noite em hum bom Mosteyro de Religiosos que se chamaua Sao Miguel, com muyta festa & gasalhado do Prior & Sacerdotes que nelle estauão, onde nos veyo ver hum filho do Barnagais Gouernador deste imperio de Ethyopia, moço de idade de dezassete annos, & muyto bem desposto, acompanhado de trinta de mulas, & elle somente vinha em hum cauallo ajaezado à Portuguesa, com hum arreyo de veludo roxo franjado douro, que da India lhe mandara o Gouernador Nuno da Cunha auia dous annos, por hum Lopo Chanoca, que despois foy catiuo no Cayro, ao qual este Principe mandaua resgatar por hum mercador Iudeu natural de Azebibe, porem quãdo este lâ chegou, o achou ja morto, de que dizem que mostrou muyto sentimento, & nos affirmou o Vasco Martins, que aly naquelle Mosteyro de São Miguel lhe mandara fazer o mais honrado saymento que elle nunca vira em sua vida, no qual se ajuntarão quatro mil Sacerdotes, a fora outra mór copia de nouiços aque elles chamão Santileus.
(2) Objecto geográfico interpretado
Mosteiro. Parte de: Etiopia.
Referente contemporâneo: Saati, Eritrea (AF). Lat. 15.579300, long. 39.255980.
Mosteiro. Dejanirah Couto (FMPP: vol. 3, p. 41) em Dise, “3 milhas a NW do mosteiro de Däbra Bizän”. Pinto deixa Gotor a uma légua de Massua, e anda em mula para ir dormir a Satilgão. Situo segundo Pinto conforme a uma distância aproximada de cinco léguas (que Pinto diz caminharem por dia) por também não termos localizado Dise.